HOMEOPATIA E SAÚDE DO REDUCIONISMO AO SISTÊMICO
O texto aqui propõe nova compreensão no tocante a aspectos fundamentais, a exemplo da chamada lei dos semelhantes e dos contrários, da diluição, do significado da agravação e das leis da cura. Se, por um lado, a medicina convencional apoia-se no efeito terapêutico mais evidente e repetitivo da substancia, o que a leva a reunir diversos medicamentos para um só paciente, pelo outro, o método homeopático lida com os efeitos raros, sutis e peculiares e, esmiuçando as características de cada enfermo,
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HOMEOPATIA E SAÚDE DO REDUCIONISMO AO SISTÊMICO
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O texto aqui apresentado não segue as diretrizes tradicionais da literatura acerca do assunto. Ao contrário, propõe nova compreensão no tocante a aspectos fundamentais, a exemplo da chamada lei dos semelhantes e dos contrários, da diluição, do significado da agravação e das leis da cura. Se, por um lado, a medicina convencional apoia-se no efeito terapêutico mais evidente e repetitivo da substancia, o que a leva a reunir diversos medicamentos para um só paciente, pelo outro, o método homeopático lida com os efeitos raros, sutis e peculiares e, esmiuçando as características de cada enfermo, seleciona apenas um único remédio, transmutando a intervenção num fenômeno preferentemente global no organismo. A maior quantidade de variáveis sejam efeitos terapêuticos da substancia, sejam sintomas do doente evolui para a qualidade, como demonstra a dialética. Assim, pode-se traçar um paralelo contínuo entre a abordagem reducionista, predominante na metodologia cientifica quantitativa, e a sistêmica, prevalente na homeopatia, cada qual com vantagens e limitações próprias.
Porém, talvez a diferença essencial deste livro em relação aos textos, clássicos da especialidade seja a primazia concedida ao paciente e não à substancia medicinal, em que pese o seu inegável valor. É que o ser vivo representa um sistema muito mais vasto e complexo do que o recurso terapêutico. Residem no indivíduo os principais fatores que engendram a enfermidade e, igualmente, possibilitam a cura. A ciência hahnemanniana comete, nesse sentido, a incoerência de apregoar a doença como um processo endógeno, mas depois transfere todo o mérito da reintegração à higidez para o elemento medicamentoso, portanto, exógeno.
A análise pormenorizada da história de vida do paciente revela que a patologia estruturada em seu corpo guarda estranhada semelhança, com as suas próprias características de temperamento. Na verdade, os sintomas físicos e os traços psicológicos compõem uma entidade única, mesclando a fração concreta e a subjetiva num mesmo processo. Também se pode aduzir que a forma particular do enfermo proceder em suas ações no mundo, costuma se repetir no modo como ele reage quando se submete a qualquer tipo de tratamento.